Uma pesquisa da Universidade de Columbia (EUA) demonstrou que um tipo comum de antidepressivo tomado durante a gravidez pode alterar a estrutura do cérebro de um feto em desenvolvimento.
O estudo foi realizado com uma classe de antidepressivo conhecido como inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), cujas principais drogas são paroxetina, sertralina, escitalopram, citalopram e fluoxetina comercializados desde o final da década de 1980. Recém-nascidos expostos a essas drogas dentro do útero têm maior volume de massa cinzenta e maior conectividade estrutural da substância branca na amígdala e ínsula em comparação com bebês sem essa exposição. Essas regiões do cérebro são associadas ao processamento emocional.
Essas drogas são prescritas para muitas mulheres que experimentam depressão durante a gravidez, seja preexistente ou depressão pré-natal. Elas ajudam a regular a recaptação do neurotransmissor estabilizador do humor, a serotonina.
A pesquisa sobre o efeito desses medicamentos nos fetos tem gerado resultados contraditórios e inconclusivos, contudo.
Agora, cientistas da Faculdade de Médicos e Cirurgiões da Universidade de Columbia fizeram um estudo mais abrangente, mostrando que os efeitos no bebê podem ser de longo prazo. A exposição ao ISRS no útero prepara o terreno para o aumento do risco de ansiedade e depressão mais tarde, na adolescência.
Entretanto, outras intervenções, como antidepressivos não-ISRS e psicoterapia, podem ajudar mães deprimidas a atravessar a gravidez, escreveram em um artigo publicado na revista JAMA Pediatrics.
Fontes: https://www.sciencealert.com/ssri-antidepressants-pregnancy-change-structure-baby-s-brain-anxiety
Centro de Reprodução Humana Wahib Hassan