Ginecologia e Obstetrícia

Biópsia endometrial

Endometrial scratching

Ou "injúria endometrial" é um procedimento em que o médico realiza uma retirada delicada do endométrio, procedimento intrauterino. É um procedimento relativamente simples, que pode ser realizado no consultório ou por histeroscopia diagnóstica. A técnica mais usada, e descrita nos estudos utiliza a biópsia endometrial, realizada com uma cânula delicada e fina (3,0 mm de diâmetro), introduzida através do colo do útero, denominada Pipelle de Cornier.

Geralmente o procedimento é bem tolerado, sem necessidade de anestesia.

Com o procedimento, é obtida amostra de tecido endometrial que pode ser analisado, fornecendo informações sobre o endométrio, tais como:

  • Fase em que se encontra (proliferativa, secretora), se está compatível com a fase do ciclo;
  • Janela de implantação e receptividade endometrial;
  • Presença de sinais de inflamação (endometrite) e micropólipos;
  • Presença de células NK (natural killer), cuja utilização é controversa.

Na prática, é um procedimento que pode ser indicado para pacientes com falha de implantação (vários embriões transferidos sem sucesso), com o objetivo de aumentar a chance de implantação e gestação.

Ultrassom com doppler em ginecologia

A ultrassonografia é um exame essencial na busca de fatores femininos que podem estar causando os problemas de infertilidade no casal. Este exame torna possível analisar as partes internas do trato reprodutor feminino, e avaliar alterações como miomas, endometriose, adenomiose e malformações uterinas. Com esse exame também é possível realizar a contagem de folículos na fase folicular inicial, nos primeiros dias do ciclo menstrual, que demonstra a quantidade de possíveis folículos que podem ser estimulados durante o tratamento de estimulação ovariana para a inseminação artificial ou a fertilização in vitro denominado Contagem de folículos antrais-CFA.

Durante o período ovulatório, a ultrassonografia mostra o folículo dominante e quando o folículo atinge o tamanho adequado e está próximo de romper e liberar o óvulo que será captado pela tuba uterina.Após a ovulação, ocorre a formação do cisto de corpo lúteo, que ao ser visualizado no ultrassom pode mostrar que houve ovulação.Portanto, dependendo da fase do ciclo menstrual em que o exame é realizado, podemos observar e analisar diferentes aspectos dos ovários.

Ultrassom obstétrico

Exame feito para avaliar as circulações sanguíneas no feto, entre o feto e a placenta e entre a mãe e a placenta. Além disso, avalia-se também a anatomia, o crescimento, a posição e a apresentação do bebê, a quantidade de líquido amniótico e as características da placenta.

Idade gestacional: Geralmente na segunda metade da gravidez.

Técnica: O exame é realizado por via abdominal, com a gestante deitada em decúbito dorsal horizontal (com o abdome para cima). Após aplicação de pequena quantidade de gel sobre a pele do abdome, o médico desliza levemente um transdutor sobre a área de interesse. Pode ser necessário que uma leve pressão seja exercida, para que alguma estrutura fetal seja visibilizada com mais nitidez. Esta manobra não prejudica a mãe nem o bebê e a paciente será avisada quando de sua necessidade. Em raras ocasiões, pode ser útil a complementação do exame por via vaginal. Caso esta avaliação seja indispensável, o médico explicará o motivo à paciente.

Ultrassom transvaginal e pélvico

O ultrassom transvaginal é um dos exames mais comumente solicitados por médicos ginecologistas e obstetras e permite uma análise minuciosa dos órgãos internos do sistema reprodutor feminino, tais como o útero e os ovários.

Também chamado de ultrassom endovaginal, o exame é considerado como sendo não invasivo, visto que emite ondas sonoras (e não radiação) para gerar as imagens que serão avaliadas pelo especialista em ginecologia.

Por ser realizado pela via endovaginal, o ultrassom transvaginal permite analisar as estruturas genitais internas de forma mais precisa quando comparado ao ultrassom pélvico por via abdominal.

Videolaparoscopia ginecológica

Também conhecida como laparoscopia, possibilita a realização da maioria das cirurgias ginecológicas de acesso abdominal, com vantagens sobre a incisão no abdome. Portanto, com pouca agressão ao organismo feminino. A videolaparoscopia passou a ter grande importância pela forma minimamente invasiva de se operar. Atualmente fazendo parte dos exames indicados em alguns casos no diagnóstico e tratamento da infertilidade, principalmente por fatores tubo peritoneais e endometriose.

Histeroscopia cirúrgica

Histeroscopia Cirúrgica é realizada em Centro Cirúrgico e sob anestesia, preferencialmente bloqueio raquidiano.

Nela o sistema de ótica é revestido por camisa operatória com ressectoscópio ou com pinças de biópsia. O ressectoscópio é conectado a um bisturi elétrico, que pode ser com corrente unipolar o bipolar.

 

Indicações

  1. Biópsias dirigidas.
  2. Retirada de DIUs ou corpos estranhos.
  3. Ressecção de septos e aderências.
  4. Miomectomias.
  5. Polipectomias.
  6. Ablação endometrial.

Histeroscopia diagnóstica

É um método de investigação e tratamento da cavidade uterina.

Trata-se de uma endoscopia do útero que utiliza um sistema ótico, ligado a cabo de fibra ótico que leva a iluminação para o interior da cavidade endometrial, que por sua vez é distendida por ser uma cavidade virtual, quer seja por gás (na histeroscopia diagnóstica) ou por líquido (na histeroscopia cirúrgica). A imagem obtida é filmada por uma micro-câmara que transpõe para um monitor.

Histeroscopia Diagnóstica é realizada ambulatorialmente podendo ser com sedação ou não. Com o advento de óticas de pequeno calibre não há necessidade na maioria das vezes de sedação.

 

Indicações

  1. Sangramento uterino anormal.
  2. Alterações do ciclo menstrual.
  3. Esterilidade e Infertilidade
    • Fator uterino (diagnóstico de pólipos, miomas, septos, sinéquias);
    • Fator cervical (diagnostico de estenose do colo uterino).
  4. Diagnóstico e seguimento das hiperplasias endometriais.
  5. Diagnóstico e prognóstico do câncer de endométrio e do endocervix.
  6. Diagnóstico e seguimento da enfermidade trofoblástica.
  7. Localização de restos placentários ou abortivos.
  8. Localização de corpos estranhos.
  9. Indicação e controle de cirurgia uterina (miomectomias, ablação do endométrio, septoplastia).
  10. Diagnóstico diferencial de patologia intracavitária suspeitada por qualquer outra técnica.
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Centro de Reprodução Humana Wahib Hassan

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